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CoinsReport #04: Análise Completa do Ethereum
Nesse relatório você vai entender tudo sobre a Ethereum, desde a análise de mercado até seu ecossistema e perspectivas futuras. Está preparado para conhecer todos os detalhes do famoso ETH? Confira abaixo!
O que você está prestes a saber sobre o Ethereum?
1. Análise de Mercado completa
2. Estrutura
3. Política monetária
4. Governança
5. Como funciona seu ecossistema e perspectivas futuras
1. Análise de Mercado
A finalidade central da Ethereum é ser a base para a construção de um sistema financeiro alternativo baseado na internet, em que esse sistema ele seja descentralizado, sem a necessidade de confiança em terceiros, peer to peer e a prova de censuras. Indo de encontro ao conceito de Web 3.0 que seria a internet com a possibilidade da transação de valores e sem a centralização dos provedores de dados e
servidores.
A Ethereum foi a primeira plataforma Blockchain para desenvolvimento de aplicações descentralizadas em larga escala da história. De uma forma semelhante ao Bitcoin, o ativo observou o desenvolvimento de seus primeiros concorrentes a partir do seu primeiro Boom de utilidade, no meio para o final de 2017 com a febre dos ICOs.
Um dos primeiros momentos em que se foi possível desenvolver a escassez no mundo digital foi em 2009, através do Bitcoin, que introduziu um novo conceito no mundo digital: a Blockchain, dando fim ao problema de double spend. Entretanto, essa escassez foi desenvolvida apenas para o Bitcoin, ou seja, dentro da Blockchain do BTC apenas ele é escasso.
Entra aí a proposta da Blockchain da Ethereum: a de ser uma plataforma que possibilita a escassez digital para qualquer ativo. Através da plataforma da ETH foi criado um padrão de impressão digital escassa que viabiliza o desenvolvimento de todo e qualquer token.
A Ethereum conta com uma valorização de 422% em 2021 e uma capitalização de mercado superior a 1,7 trilhões de reais.
2. Estrutura
Diferente do Bitcoin, a ETH possui uma Blockchain de estados, o que significa que a cada série de transações adicionadas nesta rede altera o estado da rede em si. Esse modelo controla o problema de double spending de maneira alternativa a proposta pela UTXO (modelo da blockchain do Bitcoin), na qual o mecanismo funciona através de uma equivalência do sistema antes e depois da transação.
Outra diferença entre as Blockchains dessas duas moedas é que o formato de registro das transações da ETH é muito mais detalhado. Conhecido como modelo de contas (Account Based Model), o modelo da ETH permite a reversibilidade ou o cancelamento de transações, como ocorreu no caso do Hack dos DAOs, e permite o melhor funcionamento dos contratos inteligentes.
Esse é um formato muito semelhante ao do que é empregado no sistema financeiro atual e possível, apenas, pelo fato da Blockchain da Ethereum ser uma Blockchain de estados e uma máquina de Turing completa.
3. Política Monetária
A política monetária da Ethereum é baseada em um conceito-chave: emitir o mínimo necessário de unidades de ether para tornar a rede segura.
No modo pelo qual o algoritmo da ETH foi desenvolvido, acreditava-se que, caso fosse fixada uma quantidade de emissão de um determinado ativo, além de se desenvolver um ativo com uma forte demanda especulativa - e, consequentemente, com um preço mais instável por conta de seu supply fixo-, estariam sendo limitados seus incentivos de segurança.
Baseado nesse princípio de sempre existir um incentivo econômico para os validadores(e não única e exclusivamente a remuneração através das taxas de transação), a ETH adota um sistema de redução regressiva das suas taxas de emissão ao longo do tempo, a partir da implementação de novos EIP (Propostas de intervenção na rede da ETH) à medida que existe o consenso entre os validadores.
Pode-se ressaltar o fato de que, apesar de ser uma política monetária flexível, nunca existiu um aumento da quantidade de ethers emitidos por bloco, pelo contrário, sempre ocorreu uma redução (excluindo os períodos em que a rede da Ethereum funcionou em fase de testes: em 2016, e no atual momento da rede - em que existe transição do Proof of Work para o Proof of Stake).
4. Governança
Em um sistema descentralizado como o da Ethereum, a política de governança desse ativo pode ser um tanto quanto complexa e, muitas vezes, tem que ser desenvolvida de forma off-chain (através de debates em fóruns abertos ou em grupos de desenvolvedores).
Para entender como as decisões e alterações são realizadas na Ethereum, é fundamental compreender o conceito de EIPs (Ethereum Improvement Proposals).
Esse recurso consiste em um modelo de proposta de atualização (ou melhoria) para a rede da ETH, em que qualquer pessoa da comunidade pode participar. Para tanto, o indivíduo deve seguir uma série de regras e justificativas técnicas que são
especificadas na EIP 1. Inicialmente, a pessoa deve especificar a área que deseja aplicar a mudança, que pode ser desde a alteração no formato do padrão do token até a interface da ETH.
Nessa especificação, deve-se escrever um artigo que contenha as motivações para a mudança desejada, bem como especificações técnicas e considerações de segurança. Seguindo o processo, o interessado(a) deve averiguar junto à comunidade (através dos principais fóruns) se há alguma ressalva contrária à sua EIP, criando assim um draft(rascunho).
Finalmente, o indivíduo envia a sua proposta para um dos editores de EIP (pessoas pré selecionadas que possuem a missão na rede da ETH, única e exclusiva, de analisar e verificar o formato dos EIP e encaminhá-los para a aprovação da rede), que irão realizar
o processo de Review desse EIP.
5. Como funciona seu ecossistema e perspectivas futuras
Um dos grandes valores da Ethereum não é apenas a capacidade de gerar escassez digital em sua moeda nativa (ether), assim como o Bitcoin, mas também de possibilitar a escassez para qualquer outro ativo no mundo digital.
Essa revolução, só é possível, a partir de um modelo de contrato inteligente, que segue um padrão para tokenização de acordo com cada objetivo, sendo os principais padrões de tokens os seguintes:
ERC 20
Possui entre suas regras um limite de oferta, os tokens são fungíveis, são suportados pela maioria das carteiras que aceitam ETH e todos os tokens possuem o mesmo valor.
ERC 721
Tokens exclusivos (Não fungíveis), podem representar propriedade, ideal para jogos e obras de arte em Blockchain e todos os tokens possuem valores diferentes.
ERC 1462
Facilitador em termos de conformidade regulatória e pssui a função de anexar documentos aos tokens
Esses padrões de tokens existem para que seja mais fácil a integração desses com os demais contratos inteligentes que seguem o mesmo padrão e também são facilitadores para integração de suas funções em uma determinada carteira.
A Blockchain da Ethereum, especialmente em 2017 e 2020, durante o Boom das ICOs e o Boom das DeFi, teve graves problemas de escalabilidade, que impactaram muito sua usabilidade, principalmente pelo alto custo de suas taxas.
Os problemas evidenciaram que estava na hora de mudanças para que todo esse ecossistema pudesse evoluir, que era necessária uma grande atualização estrutural no ativo.
Sendo importante ressaltar que esse crescimento era algo que já estava no roadmap da Ethereum desde seu início na criação do ativo. Sempre mirando no objetivo de se tornar a base para qualquer aplicação descentralizada da atualidade, o time de desenvolvedores da ETH, especialmente o seu criador Vitalik Buterin, já estavam planejando uma grande atualização para aumentar a escalabilidade do projeto.
Esse relatório foi realizado pela Mercurius Cripto e disponibilizado mediante parceria entre a empresa e a Coins.